HISTÓRIA DOS BAIRROS PÓS BALSA



Balsa João Basso

História dos 

Bairros Pós-

Balsa

Os primeiros moradores chegaram na região por volta de 1920. Alguns vieram fugidas da Primeira Guerra Mundial para são serem enviados para a guerra. Outros vieram porque onde moravam a pobreza e as condições de vida eram precárias e eles queriam um pedaço de terra para morar e viver com suas famílias.
Nessa mesma época, os novos moradores da região enfrentavam um difícil problema: os poucos que aqui moravam teriam que deixar suas casas, pois a região seria inundada para a abertura da Represa Billings. A represa foi aberta em 1927, mas levou alguns anos para que os rios represados da área fossem inundados. Assim, moradores da região onde hoje localiza-se o Bairro Tatetos, mudaram-se para o Curucutu, uma região montanhosa e muito mais afastada.
A represa foi construída para gerar energia elétrica para a região do ABC. Quando a represa começou a subir, muitos moradores tiveram que se afastar para longe dos rios. Assim, alguns moradores foram para pontos altos como o Bairro Santa Cruz e Taquecetuba. É importante ressaltar que na época os bairros ainda não tinham esses nomes.
Moradores mais antigos que chegaram na região por volta do final da década de 50, relatam que antigamente a dificuldade de estudar era enorme, pois havia apenas uma sala de aula que funcionava numa igreja católica. O ensino era para todas as séries e as professoras moravam na própria igreja. Na época muitas crianças levavam o dia todo para chegar na escola, pois muitas vinham pelo meio da floresta.
Para sobreviver os moradores da região trabalhavam em plantações familiares e vivam da extração de madeiras e caolim (espécie de barro utilizado para fazer pratos, xícaras, vasos, etc). As madeiras eram vendidas para as famosas fábricas de móveis de São Bernardo do Campo e também serviam para serem transformadas em carvão para o uso das famílias.
O crescimento da região deve-se também a venda de alguns loteamentos (muitos deles irregulares) onde pessoas as compravam para ter suas chácaras e sítios para poderem passar o final de semana, além de algumas invasões para construção de casas.
Estima-se hoje que a região pós-balsa tenha cerca de 12.789 moradores segundo o Censo 2010 do IBGE( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Com esse crescimento, a região passou a contar com recursos que antigamente não possuía como escolas, posto de saúde, mercados, comércios, bares, pesqueiros, entre outros. Juntamente com esse desenvolvimento, devido a seu crescimento, a região também passa por muitos problemas de infra-estrutura por localizar-se numa área manancial que necessita de desenvolvimento sustentável e de políticas públicas que atuem a favor da qualidade de vida de seus moradores. O potencial turístico é imenso, porém acreditamos que a região ainda carece de um sério e compromissado projeto político que conte com a mobilização de seus moradores e dos governantes locais para a preservação e valorização de sua história e cultura.
Pesquisa: Diário do Grande ABC, ABC Memória, relatos dos alunos da EMEB José Ibiapino Franklin

Bairro Tatetos

O Bairro Tatetos está localizado na zona rural do distrito de Riacho Grande, em São Bernardo do Campo. Originou-se do remanescente de sítios localizados à margem esquerda dos rios Pequeno, Capivari e Grande e à margem direta do Rio da Pedra Branca. 
A origem do nome Tatetos prende-se a uma hipótese de que seria a maneira errônea dos estrangeiros que povoaram a região pronunciarem o no nome do porco do mata cateto que existia em grande número no local. Com a formação da represa Billings, a parte fértil da região foi desapropriada, restando apenas a região montanhosa onde hoje moram seus habitantes.
O Tatetos há muitos anos atrás era um bairro com poucos moradores e casas. As casas eram de barro e de madeiras. Também tinha muito mato e vários porcos. Não tinha escola, mercados e havia pouco transporte para as pessoas irem aos lugares e cumprirem seus compromissos. 
Os recursos de trabalho para os antigos moradores eram poucos, apenas atividades de carregar lenha, plantações para vender e ter dinheiro para o sustento de suas famílias e para construírem suas casas próprias. 
Com o passar  do tempo foram chegando mais moradores na região, as casas começaram a aumentar e as famílias foram crescendo cada vez mais. O local hoje tem duas escolas, uma creche, dois supermercados, cabeleireiro e transporte a cada quarenta minutos. 
Há muitos anos o Bairro Tatetos era pequeno em população e suas casas eram feitas de barro e madeira. As casinhas que tinham dava até para contar. Apesar das pessoas serem em grande número e ter várias moradias, o bairro ainda tem uma grande área verde coberta de mata. 
Muitos alunos e moradores orgulham-se de acordarem com o canto das diversas espécies de pássaros que juntamente a extensa mata verde alegra a vida de seus moradores. 
Pesquisa: alunas Vanessa e Patrícia (7º Termo)

Bairros Curucutu e Taquacetuba

Balsa Taquacetuba



Ambos bairros que ficam à margem direita dos ribeirões Curucutu e Taquacetuba. São as áreas mais afastadas do município de São Bernardo do Campo. Até os dias atuais é uma região bastante procurada por pescadores.
Pesquisa: Diário do Grande ABC





Santa Cruz

Antigamente o bairro Santa Cruz se chamava PROCAP. A escola José Ibiapino Frnaklin ficava perto de um aterro e era feita de madeira. Tinha poucos alunos e não ficava longe. A região não tinha ônibus e muitos alunos para estudar tinham que andar a pé por cerca de três horas já que o ônibus só passava de manhã, na hora do almoço e de tardezinha. A grande maioria dos moradores do bairro vivia da pesca, cuidava de chácaras ou trabalhava no corte da madeira que abastecia as padarias do município de Riacho Grande e São Bernardo do Campo. 
Hoje no bairro Santa Cruz temos uma escola no lugar de um campo de futebol. Antes tínhamos poucas casas, hoje temos muitas. Temos água encanada, mas ainda não temos rede de esgoto, além de uma balsa que utilizamos para descolarmos para São Bernardo do Campo. 
Há alguns anos não havia muitos moradores, tinha poucos comércios e os poucos que ficavam eram muito longe dificultando o acesso dos moradores. Tinha transportes coletivos, mas não eram suficientes e também eram pagos e os moradores não tinham condições para pagar. Mas alguns anos se passavam e as coisas foram melhorando e hoje temos transportes coletivos, mercados, comércios etc.
Nosso bairro também chama a atenção de várias regiões graças a beleza da natureza, aos clubes, pesqueiros e represas. As terras que hoje formam o bairro Santa Cruz pertenciam a um senhor que se chamava Henrique Rodrigues, o morador mais velho do bairro. No ano de 1976 chegaram 64 famílias para a formação de um loteamento chamado Procap. Era uma iniciativa da prefeitura que construiu uma série de casas e as sortearam entre os moradores de outras regiões da cidade. Quando as famílias chegaram aqui depararam com uma região sem água, luz e ônibus. Assim, as pessoas tinham que lavar a roupa e a louça na bica e criar outras formas para sobreviver na região. 
A escola que hoje estudamos existe porque o fazendeiro José Ibiapino Franklin doou um terreno para a construção dela. Hoje leva o seu nome. Antigamente o exercito vinha fazer treinamento aqui.
Pesquisa: alunos Márcio, Nataline, Gislene, Silvio e Rozilda (6ª e 7ª Termo)

Água Limpa

Segundo Dona Letícia, moradora do bairro Água Limpa há mais ou menos 30 anos, antigamente o bairro tinha uma situação muito precária, não havia balsa e a travessia era através de barco ou canoa. Tudo foi se modificando com o tempo e as mudanças foram acontecendo devagarzinho. Hoje podemos usufruir de creches, escolas, posto de saúde, as mercearias tornaram-se mercado (que são dois concorrentes "Valor" e "Sene"), sacolões, lan-houses, vídeo-locadoras, cabeleireiros, depósitos de materiais de construções, casa de rações pequenas lojas de roupas, brechó, loja de 1,99, ônibus escolares e ônibus de trajeto via balsa, que é gratuito. A iluminação também melhorou nas residências, por que nas ruas falta luz, mas nada que uma boa lanterna não resolva. 
Mesmo com essas dificuldades, Água Limpa é um ótimo lugar para morar. A qualidade do ar é muito boa apesar do poeirão que faz no calor. Tirando isso, é fantástico convivemos frente a frente com a natureza: tucanos, pica-paus, beija-flores, periquitos, esquilos, gaviões, corujas, macaquinhos pregos, galinhas d'angola, pavões, araras, gansos, maritacas, entre outros.
A vegetação também conta, pois o verde é muito importante. Aqui no bairro temos muitas árvores e flores de vários tipos como o ipê amarelo, e as pessoas podem aproveitar o grande espaço para cultivar hortas, usufruindo assim da boa qualidade das frutas e legumes sem agrotóxicos.
"Nesta terra que Deus me deu" como diz dona Letícia, as árvores ficam carregadas de laranjas, limões, bananas, milho, ameixa, amora, etc. Ah! Dona Letícia me contou que pesca na represa, anda de barco e seus netos quando vem visitá-la dão uma mergulhada para refrescar. 
Aqui na Água Limpa também temos um alambique, um lugar em que são produzidas bebidas artesanais como pinga, vinho, e licores. Ao terminar minha pesquisa Dona Letícia com seu rosto enrugado e seu sorriso sincero diz com carinho:
"Não importa o lugar onde você mora, o importante é você fazer acontecer. O governo não faz nada sozinho, ele depende da população e a voz do povo é a voz de Deus. Diz o ditado: tudo acontece se a gente acreditar, quem anda para traz é caranguejo...
Até hoje em minha vida aprendi uma coisa muito importante, entre outras:
"Não critique, Faça melhor!"
Pesquisa: aluna Simone (6º termo)

Balda Bororé
                                                                                                                                                Pesquisa no site  www.emae.com.br 

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